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quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Abacate bacana

Originário da América tropical, de regiões colonizadas pelos espanhóis, o abacate se espalhou até a América do Sul chegando a Amazônia, podendo ser encontrado em todas as regiões do globo que possuem solos férteis e onde haja calor que lhe seja suficiente.

O abacate foi introduzido no Brasil como espécie cultivável apenas no inicio século XIX e, atualmente, apesar de ser o maior produtor mundial da fruta, o Brasil exporta menos do que poderia porque, por ironia, o abacate brasileiro grande e bonito, é estranho aos consumidores europeus, acostumados a frutos de dimensões menores.

As plantações do interior dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais são responsáveis por quase dois terços do total da produção brasileira, seguidas pelas produções dos Estados do Paraná, Espírito Santo, do Pará e do Rio Grande do Sul. De sabor suave e gosto bom, nem doce e nem amargo, o abacate é fruto macio e carnudo, de grande valor nutritivo e contribui com 20 a 25% do óleo usado em perfumaria.

Cerca de 100g da fruta contém aproximadamente 170 a 180 calorias, sendo que 85% dessas calorias vêm da gordura monoinsaturada presente na polpa, um tipo de gordura que não deixa os níveis de colesterol se elevarem no sangue.

Fitonutrientes
O abacate é rico em fitonutrientes, substâncias naturais da planta que funcionam como nutrientes e auxiliam na redução do risco de doenças, tais como as cardiovasculares e o câncer.

Esses fitonutrientes recentemente descobertos no abacate são o beta sitosterol e a glutatoína. O beta sitosterol auxilia na redução dos níveis de colesterol enquanto que a glutatoína, age como um antioxidante. Os antioxidantes ajudam o corpo a neutralizar a ação dos radicais livres, os quais têm sido apontados como um dos fatores responsáveis no desenvolvimento de doenças cardiovasculares e câncer. O abacate, uma das melhores fontes de glutatoína, pode oferecer certa proteção contra o câncer oral, de garganta e outros tipos de câncer , segundo investigações recentes.
Estudos têm mostrado também que a gordura monoinsaturada presente no abacate pode aumentar as taxas de HDL (o colesterol bom) e diminuir o colesterol total, mas tem pouco efeito sobre o colesterol ruim, a fração LDL.

No Japão, na Universidade de Shizuoka, outras pesquisas têm sido desenvolvidas para comprovar os poderes do abacate em proteger o corpo contra toxinas que prejudicam o fígado. Entre 22 frutas pesquisadas, o abacate mostrou-se o mais capaz em diminuir os danos provocados no órgão por fatores semelhantes aos causados por hepatites virais. Muitos estudiosos tem recomendado o consumo de meio abacate pequeno, três a quatro vezes por semana, para quem deseja obter os benefícios encontrados nas pesquisas.

Atenção na hora da compra e do consumo

Os melhores abacates são os mais pesados e firmes. Algumas vezes, apresentam manchas de cor marrom-clara na casca , mas esse é um defeito apenas superficial que não afeta a qualidade do fruto. Para saber se estão no ponto, é só fazer uma ligeira pressão com os dedos: os de casca fina cedem logo, os de casca mais grossa oferecem um pouco mais de resistência. Os abacates duros ou firmes, embora possam ter todas as características de boa qualidade, não estão prontos para o consumo imediato, devendo ser amadurecidos.

O abacate deve ser guardado em lugar fresco e arejado. Quando ainda verde , não convém colocá-lo na geladeira, pois o frio interrompe o processo de maturação. Depois de descascado, deve ser imediatamente consumido, porque, em contato com o ar, a polpa escurece. Para evitar o escurecimento imediato da polpa, passe um pouco de limão na superfície do fruto. Como o abacate maduro é muito sensível, amassando-se com muita facilidade, deve-se evitar que fiquem empilhados na fruteira ou no recipiente no qual são guardados.

A seguir, algumas dicas culinárias que irão ajudá-lo(a) a preparar essa fruta saborosa:

1º) Para saber quanto comprar, calcule que 3 abacates são suficientes para fazer um creme para 6 pessoas;
2º) Para que o creme de abacate não escureça, depois de pronto coloque-o num prato fundo e ponha o caroço da fruta, sem lavar, bem no meio do prato, guardando-o na geladeira até o momento de servir;
para pratos salgados, só use abacates bem maduros. Caso contrário, ficarão muito amargos, dando sabor desagradável;
3º) Para que o abacate cortado não escureça, passe uma camada fina de manteiga ou limão na parte cortada;
4º) Quando for usar só uma metade do abacate, deixe a outra metade com o caroço. Isto evita que se deteriore com rapidez;
5º) Para conservar o abacate maduro, envolva-o com um pano úmido e coloque na geladeira. Quando o pano secar, volte a umedecer

No Brasil, o abacate é consumido ao natural com açúcar e como sobremesa na preparação de sorvetes, sobremesas, mousses, cremes e bebidas. No entanto, os pesquisadores consideram como errada a forma dos brasileiros comerem a fruta. O nosso país é o único do mundo onde o abacate é consumido com açúcar. Em outros países, o abacate é utilizado em saladas e molhos. Em pedaços ou em creme, a fruta é misturada com verduras, tomates, cebolas, ervas aromáticas e temperado com maionese, azeite, sal, pimenta e outras especiarias. É servido como acompanhamento para torradas, pães e pratos salgados.

Na Guatemala, em Porto Rico, no México e na Colômbia, é costume incrementar as sopas com grossas fatias da fruta. Em alguns lugares do Caribe, come-se o abacate com vinho do Porto ou Madeira, com suco de laranja e de limão. Em países da América Latina, prepara-se o famoso guacamole, acompanhado de tortilhas de milho.

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