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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Noruega cria banco mundial de sementes


De acordo com estatísticas da FAO, no último século, 75% da diversidade genética de centenas de milhares de espécies de plantas desapareceu. Dos 7.000 tipos de plantas já cultivadas pelo ser humanos, só 150 espécies estão no cardápio hoje.

A construção do Banco Internacional de Sementes de Svalbard custou US$ 9 milhões à Noruega. O local do banco resiste a atividades vulcânicas, sísmicas e ao aumento do nível do mar. A área tem baixo nível de radiação, fundamental para a manutenção do DNA das plantas. No frio em que será mantido o banco, sementes de trigo, cevada e ervilha podem sobreviver mais de 10 mil anos.

Em caso de falta de energia, as sementes não serão prejudicadas: o permafrost --solo permanentemente congelado-- impede que a temperatura suba acima de -3,5ºC, garantindo a sobrevivência das sementes por até 200 anos.

As mudanças climáticas foram inicialmente o que impulsionou o projeto, mas não foram o único motivo. Nos últimos anos, mais de 40 países tiveram os seus bancos de sementes destruídos: em guerras como no Iraque e no Afeganistão, ou em inundações e outros desastres ecológicos, como o recente tufão nas Filipinas.

O Brasil deve enviar em breve a sua contribuição, por meio do do Cenargen (Centro Nacional de Recursos Genéticos), da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

A escolha de abrigar o bunker ecológico nesse remoto arquipélago acima do círculo polar Ártico não foi por acaso. Além de ter clima e geologia ideais, Svalbard é distante o bastante para manter em segurança a herança genética vegetal.

A nova Arca de Noé fica escondida no final de um túnel de 120 metros, escavado em rochas geladas a 70 metros de profundidade e será mantida a -18ºC. Essa caverna de alta tecnologia, construída nos últimos 11 meses numa montanha de Longyearbyen --uma das cidades do arquipélago--, é equipada com portas de aço blindadas, câmeras e detectores de movimentos e será monitorada remotamente da Suécia.

O objetivo é conservar até 4,5 milhões de amostras de sementes e 2 bilhões de sementes de todas as espécies cultivadas pelo ser humano. Esse patrimônio, mantido em segurança máxima, estará protegido de catástrofes naturais e até mesmo de guerras nucleares.

FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u376024.shtml

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